Um livro fininho, publicado pelo Dr.Matthew J. Loop, mestre em Neurociências, está tirando o sono das pessoas mais informadas nos Estados Unidos: Quebrando o código do câncer (Cracking the Cancer Code). O Dr. Loop simplesmente mostra, com todas as letras, que o que produz câncer em abundância na maior democracia do mundo é a alimentação e os hábitos refinados baseados em produtos artificiais e químicos, o luxo que mata, com a mão poderosa da indústria farmacêutica, a qual é acusada de só pensar naquilo: dinheiro fácil e abundante, às custas das cenas de miséria e desespero das Unidades de Terapia Intensiva dos hospitais (UTI). Panela Teflon, leite pasteurizado, desodorante, carne de boi, frango, pão, suco industrializado, batata frita de pacotinho, microondas, pasta de dente com flúor, alimentos modificados geneticamente, inclusive frutas, entre muitas outras coisas estão na lista daquilo que provoca o aparecimento de câncer. A grande diferença é: quem aponta a lista são cientistas e médicos. As estatísticas oficiais norte-americanas são alarmantes: um em cada dois norte-americanos está propenso a ter câncer, na superfície ou na profundidade.
Livros como o dele, publicado no final do ano passado, já foram comprados em massa por laboratórios e indústria farmacêutica e destruídos para que o público não tivesse acesso a essas denúncias dos próprios cientistas. Esse tipo de terrorismo silencioso não funciona por muito tempo aqui porque a sociedade é democrática e quando descobre essas falcatruas produz grandes escândalos e derruba poderosos no Congresso e na Casa Branca, ao contrário do Brasil: quanto mais escândalo no Congresso mais o povo elege os mesmos personagens e enriquece a indústria. Nessa história, ninguém é mais culpado do que o povo, que tem a oportunidade de votar nas urnas e não faz isso. Em segundo lugar na lista de culpados estão os profissionais de saúde que se comportam como ovelhas indo ao matadouro todos os dias, em silêncio, receitando as mesmas fórmulas para as cobaias. Em terceiro, o governo federal, que não atualiza as exigências e nem cria concursos públicos para assuntos específicos e da atualidade. Os ministérios, da Esplanada dos Ministérios em Brasília, ignoram os funcionários que estudam e se graduam e pós-graduam, e mantém eles como agentes administrativos. Conheço uma pessoa funcionária da Anvisa que é pós-graduada em Fitoterapia e faz serviços administrativos, ganhando uma miséria. Por outro lado, no Ministério do Trabalho tem grevistas sendo chefes de divisões importantes e por isso não sabem fazer o trabalho e emperram o desenvolvimento das profissões no Brasil para depois. Pois bem, quem diria que raspar as axilas pode abrir a porta para o câncer da mama, por exemplo? Sim, pode. Segundo o médico, que cita outros cientistas e estudiosos, quando se raspa as axilas os condutores do suor ficam expostos e vulneráveis. Se a pessoa utiliza antitranspirante, esses condutores “sugam” os agentes químicos dos antitranspirantes, que vão para a corrente sanguínea e para o Sistema Linfático, o vigia do sistema imunológico – que tem ramificações nas axilas. Aí os agentes químicos artificiais e cancerígenos atacam e destroem o sistema imunológico.
Essas substâncias químicas também são acusadas de produzirem caos no cérebro, confusão mental pelo uso prolongado, e os cientistas dizem que há casos comprovados da doença de Alzheimer entre os usuários de antitranspirantes, na maioria mulher. A pessoa geralmente não faz relação alguma entre uma coisa e outra como os viciados de maconha não percebem a degeneração mental e física. Um dos pesquisadores, o Dr. Kris McGrath, famoso alergista de Chicago, também aponta o “aluminium chlorohydrate” como um dos vilões do câncer na mama e do Sistema Linfático. Segundo o Dr. Loop, a estrutura química desses produtos usados nos antitranspirantes foram detectados por cientistas ingleses em miomas e tecidos cancerígenos extraídos de pacientes. Os desodorantes são menos perigosos por não impedirem o fluxo do suor, mas se forem fabricados com os produtos químicos abaixo listados devem ser evitados porque produzem o mesmo efeito.
O Jornal de Toxicologia, publicado nos EUA, também publicou recentemente estudo apontando para cosméticos utilizados nas axilas como causadores do câncer. O Dr. Loop recomenda que joguem no lixo os desodorantes e antitranspirantes que não informam os agentes químicos utilizados na sua fabricação e especialmente aqueles que contém “methyl paraben, ethyl paraben, proply paraben, butly paraben, isobutyl paraben” e um código que aparece simplesmente como E216. A dica é a seguinte: quando a indústria não diz o conteúdo químico de um produto é porque esconde algo. O mais interessante das publicações pagas pela indústria farmacêutica é que, quando querem lançar um produto novo, eles têm a coragem de falar que o anterior era ineficiente mas que o novo é milagroso, até um outro ser inventado e lançado no mercado.
Nas carnes de boi, frango e porco, a principal suspeita de câncer são os agentes químicos contidos nos alimentos artificiais fornecidos aos animais em cativeiro, uma vez que aqui nos Estados Unidos vacas, galinhas, porcos e bodes não comem em pastos verdes como no Brasil. Aquela doença chamada “Vaca Louca” também está ligada a produtos químicos produzidos com ossos e carnes de baixa qualidade que sobra os açougues, chamados de “enriquecimento alimentar” dos animais. Aqui os animais vivem trancados, comendo, sem parar, elementos químicos para crescerem rápido (incharem rápido, com um hormônio injetado chamado BGH – Bovine Growth Hormone), produzirem muito leite e serem vendidos para o corte quando estão “cansados”. Os norte-americanos andam no metrô, nos ônibus e em seus carros lindos com i-pod nos ouvidos, isolados do mundo. Eles não se tocam… Algumas fazendas até deixam lâmpadas acesas para os animais não dormirem. Daí o leite pasteurizado ser também contaminado, especialmente porque na pasteurização são mortos os agentes naturais de defesa contidos no leite. Você deixa o leite fora da geladeira e ele não qualha, apodrece. O autor mostra que o norte-americano cada vez mais está obeso e doente devido a sua alimentação, que a indústria alimentícia não pára de misturar os ingredientes naturais com química para a comida parecer mais gostosa, cheirosa e saborosa e a maioria desses agentes são cancerígenos, como aqueles das lindas panelas Tefal – a empresa produtora dessas panelas foi condenada a uma indenização monstruosa porque a denúncia foi comprovada. Segundo os cientistas, aquele pretume da panela quando esquenta libera agentes químicos cancerígenos que vão direto para o alimento e são ingeridos pelo consumidor, assim como também o faz as lindas panelas de alumínio. O alumínio não é processado pelos órgãos físicos mas entope os condutores. Essas denúncias também são feitas contra produtos canadenses, inclusive medicamentos e vitaminas falsas como aqueles comprados na fronteira do Brasil com outros países do Mercosul. Essas panelas continuam sendo fabricadas e exportadas pela China para a América do Sul inteira.
Para fundamentar o seu trabalho, o médico se apoiou em laboratórios internacionais britânicos e suíços, uma vez que os norte-americanos estariam comprometidos com a indústria assim com a Associação Norte-Americana de Medicina (American Medical Association, correspondente ao que representa no Brasil o Conselho Federal de Medicina) é acusada de ter se vendido aos laboratórios produtores de medicamentos desde a época do poderoso John D. Rockefeller, sim, aquele da Fundação Rockefeller. Esse senhor era conhecido como petroleiro ambicioso, acusado, entre outras coisas, de ter usado de todos os meios para influenciar os laboratórios farmacêuticos e tornar a medicina norte-americana um bom negócio – completamente fora dos objetivos originais de promover a saúde. Parece que o Brasil, acostumado a copiar, também fez essa cópia e como sempre, cópia pirata funciona pior que o original. Ele, Rockefeller, é acusado, também, de ter perseguido homeopatas, acupunturistas e terapeutas holísticos e ter patrocinado campanhas para denegrir a atuação desses profissionais inclusive de etnias como os índios norte-americanos, famosos pelo conhecimento das ervas medicinais, e de quem estivesse no seu ambicioso caminho. Você já viu essa história ocorrer em outro país fora dos EUA? A pior acusação sobre esse milionário é a de que teria fechado escolas de medicina que não queriam se submeter a sua linha de raciocínio: ou faz medicina a nossa maneira ou cai fora. Leia-se assim: ou vocês estudam para serem representantes disfarçados dos nossos produtos químicos ou não estudam. Em 1987, a Suprema Corte condenou a American Medical Association de conspirar para destruir as terapias holísticas, energéticas, especialmente os quiropratas que eram mais organizados na época. E veja que o escritório das Nações Unidas, que recomenda as terapias holísticas, funciona em território norte-americano – New York.
Estatísticas, especialmente na Califórnia, mostram que, nos últimos vinte anos, gerações inteiras de médicos tem se rebelado contra a “doutrina Rockefeller”, ainda bem presente. Há denúncias de que o “câncer milionário” tem altos e baixos porque a indústria farmacêutica, que espalharia a cada dia o seu poder sobre todas as Américas, financiaria, nos EUA, a eleição e a reeleição de deputados e senadores que vetam e boicotam projetos de mudanças nos quais a sociedade não se mobiliza a tempo de impedi-los. Quanto mais doentes de câncer, mais medicamentos a indústria vende e fica mais rica. Eles produzem comerciais para a televisão que mostram cenas maravilhosa de pessoas que usam tais e tais medicamentos e ficaram curadas e felizes. Têm, ainda, a coragem de colocar embaixo na tela, em letras pequenas, que “procure o seu médico se você tiver os seguintes efeitos colaterais”, aí menciona a lista de efeitos colaterais. Parece ser assim: você adoece, nós lhe damos o veneno para a sua doença, você aparentemente fica bom e adoece de outra coisa… Aí nós lhe damos o veneno para a sua nova coisa, você fica bom, e aí você adoece de outra… Enquanto isso, você come o nossos produtos venenosos, contaminados e gostosos e apressa o aparecimento de mais doenças para a gente lhe tratar… Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dá… jjoacir@gmail.com (este artigo foi publicado em 14/01/2007)
Por José Joacir dos Santos