Havia marcado o curso de Reiki com meses de antecedência na cidade que chamo aqui de Ilha. Um dia antes, uma turma se formou na cidade que aqui chamo de Paraiso e eu fui dar o curso, que foi maravilhoso. O curso acabou as 22 horas e eu não tinha outra opção a não ser pegar um ônibus para a Ilha imediatamente para o curso da manhã seguinte. Quando cheguei na rodoviária da cidade para embarcar, não tinha mais ônibus para a Ilha. Parei para pensar no que fazer e um guarda rodoviário, que nunca vi antes, se aproximou e disse: tenho um amigo que tem taxi e é de confiança. Fomos procurar o amigo. Era um rapaz jovem mais, mas tinha aliança de casado na mão. Negociamos o valor e em cinco minutos estávamos a caminho daquela da Ilha. Eram 22:45h.
Assim que entramos na rodovia estadual, uma forte chuva desabou sobre nós, obrigando o motorista a diminuir a velocidade por falta de visibilidade. Acredito que o motorista decidiu aceitar a viagem mais pelo dinheiro do que pelos riscos. Quando a chuva caiu, ele disse: esta rodovia dá assaltos. Senti que ele estava morrendo de medo e comecei a perguntar sobre família, filhos, a vida de motorista e assim desviar o medo da cabeça dele. Foram três horas de viagem, de terapia e de perigo porque mal dava para ver os carros na direção contrária. Pude sentir o suor correr pelas costas do motorista, mas mantive a minha mente conectada com a proteção divina. O meu assistente dormiu a viagem inteira no banco de trás, como se nada tivesse acontecendo.
Entramos em um cruzamento que separava o destino de várias cidades e não havia indicação sobre a direção da Ilha. Vimos três moças em um ponto de ônibus e ele resolveu parar para pedir informação. Eram travestis, um deles tinha um canivete na mão e tentou abrir a porta do meu lado. Gritei com o motorista pisar no acelerador e deixamos aquele grupo para trás. Mais na frente vimos um camburão da polícia e aí eu disse: dê sinal pra eles. A polícia parou apontando as armas para nós. Depois das explicações, a polícia resolveu nos deixar nas proximidades do hotel de destino, onde finalmente me livrei da aura de medo daquele motorista.
Dormi poucos horas e acordei tossindo muito. Meu assistente já acordou estressado, mal-humorado, estranho, reclamando disso e daquilo. O hotel cheirava mais a mofo do que a qualquer outra coisa, e era na beira de uma praia famosa. A tosse não me deu trégua mas parou depois que iniciei o curso. Na hora do intervalo do almoço saimos e a tosse voltou. Até o final do curso, encarei a tosse como algo natural, embora ela ficasse mais forte. Comprei tudo que é pastilha e começei a usar, mas a minha voz começou a diminuir e o corpo a dar sinais de desgaste físico. Acabou o curso e pegamos o ônibus para outra cidade, de onde voltaríamos para Brasilia. Na viagem inteira, pouco falei e senti que algo estava estanho demais com aquela tosse e meu complicado assistente em sua primeira viagem.
Ao chegar na outra cidade, o meu assistente resolveu tirar uma foto dele mesmo. Ao verificar a foto tirada, havia cinco pessoas nela, menos ele. Videntes olharam a foto e confirmaram ser um grupo de espíritos escravos. Naquela noite o meu assistente não dormiu um só minuto e o espírito do meu pai tentou expulsá-lo do quarto a noite inteira, enquanto eu dormi sem levantar para nada – dividimos o mesmo quarto. Na verdade o meu pai queria expulsá-lo por causa dos espíritos que estavam grudados nele. O espírito do meu pai biológico é muito atuante e depois que ele faleceu resolveu se juntar a um grupo de protetores que me segue – quando ele era encarnado não acreditava em nada!
Na manhã seguinte, fiz um trabalho para encaminhar aquele grupo de espíritos também responsável pela minha tosse e pelo mal-humor do meu assistente. O objetivo deles era impedir que eu desse o curso e com isso um dos alunos do grupo não seria iniciado – mas foi. Investigamos e foi constatado que aquele aluno fazia parte de um grupo que trabalhava com energias desclassificadas, responsável pelo aprisionamento de espíritos e que não era do interesse deles que o aluno mudasse de rota nem de frequência energética. O grupo não conseguiu me atingir diretamente, apenas provocar a tosse, ao mesmo tempo em que tentou usar o meu assistente e ficou grudado no campo eletromagnético dele. Aquele grupo de espíritos trabalhava para o grupo que o aluno frequenta como se fossem escravos espirituais para efetivar trabalhos feitos, amarrações – compra de carma negativo!
O incidente valeu para mostrar que Reiki não se contamina mas espíritos e outras formas de energia tentam o que podem, do mesmo jeito que fizeram com Jesus até antes do nascimento Dele. Eu estava protegido. Nada me impediu de dar o curso e reencaminhar aquele aluno para outra direção energética, bem como o grupo de escravos espirituais. Dias depois soube que aquele aluno entrou em forte processo de limpeza física, mental, emocional e espiritual – foi quebrada a conexão anterior. O meu assistente teve que se submeter a um trabalho espiritual intenso e a tosse que me atormentava sumiu completamente.
Reiki não tem nada a ver com espiritismo, mas nós, humanos, estamos na Terra sob as leis da Terra e espíritos fazem parte do processo humano na Terra. Se o mestre não é preparado e não tem consciência das demais realidades que permeiam a Terra, como camadas de uma cebola, e é vitima de uma tentativa de interferência com a acima descrita, a história pode ser diferente tanto para o mestre como para o aluno. Isto é, ninguém está a salvo. É preciso a gente se cuidar muito e manter a mente e o coração puros nos propósitos para poder ser protegido. A mente contaminada atrai todo tipo de energia e até espíritos escravos da maldade. Tomara que eles tenham sido libertos. O pedido foi encaminhado a quem de direito.
Por José Joacir dos Santos