Por José Joacir dos Santos
Ao contrario de alguns países desenvueltos, entre eles os Estados Unidos, o Brasil é hoje um dos países que mais avança na integração do conhecimento da medicina popular com o serviço assistencial público proporcionado pelo Governo Federal. Mesmo assim, há entraves grandes, dentro do próprio governo, inclusive os governos estaduais e municipais. Muitos dos estados brasileiros desconhecem e ignoram completamente a política nacional das Práticas Integrativas de Saúde, regularizadas por decreto federal. A maioria dos municípios brasileiros, inclusive de algumas capitais, pensa que a saúde pública é de responsabilidade, apenas, do Governo Federal (leia-se SUS). Nada fazem, nem sequer regularizam o cumprimento das leis federais. Faltam profissionais? Não. Reiki é uma das terapias que mais expande no país e no resto do mundo. Uma equipe de Reikianos trabalha no maior hospital público do Distrito Federal há mais de 10 anos e com sucesso absoluto em todas as especialidades daquela casa.
Mesmo assim, em Brasília ainda acontece uma briga indesejada entre técnicos da Esplanada dos Ministérios, onde alguns chefes de setores são médicos. De um lado, o Ministério do Planejamento e Gestão reconhece todas as terapias. Do outro, os Ministérios do Trabalho e da Saúde, bloqueiam tudo o que podem. Há muitos funcionarios dedicados nesses dois últimos ministérios, interessados em expandir o leque de terapias no SUS, por exemplo. Mas, essa vontade esbarra em alguns chefes, aqueles que estão em cargos políticos, do bolo da divisão entre os partidos. Vamos ver se a Presidenta da República muda isso agora no segundo mandato.
Essa briga talvez só seja extinta quando os cargos de chefia forem exercidos por funcionários de carreira concursados, capazes de entender que o que interessa mesmo é aquilo que a população busca e os sinais desse interesse popular está nas clínicas particulares cheias — antigamente essas terapias eram chamadas de holísticas. Outro sinal dos tempos é visto nos cursos, por exemplo, de Reiki e Florais, onde médicos, enfermeiros e outros profissionais se fazem presente porque compreendem a grandiosidade das disciplinas integrativas.
Milhares de reais ainda são gastos em hospitais e postos de saúde do país inteiro porque muitos aqueles que seriam responsáveis pela saúde pública, em estados e municípios, ignoram as Práticas Integrativas tais como Reiki, Massagem Medicinal, Florais, Acupuntura e Homeopatia, comprovadamente eficazes como coadjuvantes nos tratamentos médicos, inclusive pela rede pública em estados como Ceará, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, parte de Santa Catarina e Distrito Federal. O Governo Federal toma iniciativas até por decreto mas estados e municípios não obedecem ou ignoram. Estariam muito ocupados com seus cargos e intereses pessoais ou interesses corporativos?
Também é preciso salientar o descaso com que alguns terapeutas encaram suas profissões. Nas duas associações que sou presidente, de Reiki e de Florais, é preciso lembrar aos associados, toda hora, de suas obrigações. A maioria não compreende que as associações são de interesse nosso e do público que nos prestigiam. Ainda há muito terapeuta floral no país que nem sabe que existem associações de classe e que ninguém é obrigado a se filiar a um sindicato.