Não sei se acessei a memória do inconsciente coletivo de San Francisco, onde moro, relacionada a terremotos, ou se recebi uma informação nova e futurista, com detalhes surpreendentes e vívidos. Acordo às quatro da manhã, como tem sido nos últimos meses, e por falta de opção vou fazer aquelas rotinas matinais da forma mais lenta e despreocupada possível. Hoje, ao sentar na cama e checar a hora, a imagem desse “filme” se projetou na minha mente: a cena central era uma grande explosão, como um lava de vulcão ou como o clarão visto na explosão de Hiroshima. A terra tremeu. O mundo escureceu e todo o sistema de eletricidade entrou em colapso. A velocidade das imagens me fazia me ver correndo nas ruas como as outras pessoas, sem saber que direção tomar, enquanto que prédios caiam, fendas eram abertas no chão e pessoas morriam nelas.
Mantive a atenção focalizada no espaço imediato, mesmo correndo o risco de ficar isolado ou de afundar em uma cratera. Gritos e lamentos por todos os lados. Pessoas começavam a incendiar naturalmente, sozinhas, sem ser atingidas pelo fogo, como se algo no ar fizesse elas pegarem fogo. Era apavorante. Não demorou muito e chegou a minha vez. Fui sugado do corpo e o vi arder em chamas no chão. Sabia que meu corpo físico estava morrendo e que assistia a cena já no meu corpo espiritual, embora não conseguisse ver o meu corpo, só sentir que estava “vivo”. O chão acalmou, as lavas sumiram e de repente o Sol aparece em dois lugares no horizonte. Era uma imagem belíssima, como aquelas da lua cheia em Brasília, quando ainda é dia. Ao meu redor, poucas pessoas estavam “vivas”. A maioria teve o corpo e o espírito queimados.
Os raios de Sol me iluminaram por completo e assim pude ver o meu corpo inteiro, perfeito, como se eu tivesse 30 anos – exatamente a idade da minha primeira iniciação na Ásia. Na medida em que a luz se intensificava, o meu corpo ficava mais forte e a sensação de alegria, bem-estar, felicidade e rejuvenescimento era indescritível. Olhei e vi que as outras pessoas passavam pelo mesmo processo. O meu cérebro passou a emitir informações como se tivesse acessado um banco de dados especial de completa compreensão do que estava ocorrendo. Eu e as demais pessoas “sobreviventes” tínhamos algo em comum e que as pessoas que morreram também em espírito não tinham: alteração do DNA sutil provocada pelas iniciações nas terapias energéticas – Reiki, Xamanismo e Budismo. Agora, a memória celular do DNA sutil recuperava toda a minha forma mental, o raciocício lógico, a vitalidade e a força. Compreendi que as professias maias haviam se cumprido. A nova era solar de paz e prosperidade havia se estabelecido. Eu não era mais Joacir e sim o meu ser espiritual eterno. Só registro estas imagens por que não tenho opção. Sei que algumas pessoas terão muita dificuldade de aceitá-las e de compreendê-las. Eu não me preocupo com isso. San Francisco, Califórnia, 22 de agosto de 2006. jjoacir@gmail.com
Por José Joacir dos Santos