O Sol Central
Por José Joacir dos Santos, jornalista, psicossomatista e psicoterapeuta
A história do descobrimento das Américas é um excelente exemplo de que a humanidade buscou o sistema solar, a observação das estrelas e dos cinco elementos da natureza para adquirir e consolidar conhecimento sobre a origem de si mesma e, assim, se desenvolver como habitante do planeta Terra. As escolas das duas maiores potências mundiais no século XVI (Portugal e Espanha) tinham a astronomia como uma das mais importantes matérias do curriculum escolar das elites dominantes, antes da chegada dos portugueses ao Brasil e de outros navegantes à América.
Quando a geração de Vasco da Gama, Colombo e Pedro Álvares Cabral se lançou ao mar, com diferentes especialistas, que incluía astrônomos, astrólogos, engenheiros, marítimos, escravos, militares e religiosos, os mapas marítimos estavam literalmente escritos de acordo com astros, estrelas e planetas. Mas os europeus estavam atrasados com relação a outros povos e podem ter copiado o conhecimento da astronomia de diferentes fontes, como registros físicos em manuscritos em argila, painéis de cavernas, papiros pergaminhos etc. Aquela cruz quadrangular em vermelho, da bandeira nos navios portugueses, era, primeiramente, uma referência aos quatro elementos da natureza, o equilíbrio perfeito, cujo conhecimento estava no domínio cultural e muitas civilizações em outros continentes, como os povos da Rota da Seda.
A representação do disco solar, o grande sol central, é encontrada, ainda hoje, em templos egípcios, persas, na cultura de mais de três mil anos do Nepal, do Tibete, da China, e de vários países da Rota da Seda. Os espanhóis, ao chegarem aos territórios Inca e Maia, foram surpreendidos com o conhecimento avançado daquelas civilizações, onde o sol era a base dos mapas astrológicos, os quais não foram capazes de decifrá-los. A solução militar tomada foi a de destruir aquelas civilizações e confiscar seus bens culturais. Um dos povos seminômades mais recentemente estudados foram os Nabateus[1], que habitou, as terras que hoje são definidas como o Oriente Médio (Arábia Saudita, Palestina, Síria) e Extremo Oriente, inclusive o Deserto de Saara, 300 anos antes de Cristo a 26 anos depois de Cristo, até os dias de hoje. Esse povo, de profundo conhecimento oral, e por alguma razão não registrou seu conhecimento na escrita, deixou cravado seus mapas em pedras, rochas e túneis, tinha o Grande Sol Central como elemento e alimento energético vital para suas vidas, seus mapas estelares, e suas viagens pelos desertos sem fim, de acordo com as estações do ano. Sabiam, inclusive, armazenar água em túneis subterrâneos para o consumo de seus povos, animais e para a agricultura. Os Nabateus também são citados em várias partes da Bíblia (Jeremias, 35).
Quando a maior rota de comércio, cultura, medicina, filosofia, astrologia, astronomia e medicina, conhecida como a Rota da Seda (de 130 a.C. até 1453 d.C.), viveu seu apogeu, a Europa de Colombo começava a dar os passos mais básicos na astronomia e tentava circundar a África, pela costa atlântica, em busca da fonte do comércio das especiarias (o vale dos Hindus, hoje Índia, Paquistão, Sri Lanka). Por alguma razão, os mapas daqueles navegantes, fundamentados, nas estrelas e na movimentação solar, se perderam nas tempestades marítimas e acabaram chegando em uma terra cheia de indígenas que pensavam ser a Índia (mais tarde chamaram aquele lugar de Brasil). Outros navegantes, menos perdidos, militarmente guiados, batizaram outros pontos da mesma terra de América. Portugal e Espanha jamais repassaram o conhecimento sobre navegação e demais disciplinas, como a astronomia, para as escolas que fundaram em suas colônias, assim como hoje em dia as potências nucleares guardam debaixo de sete chaves os segredos da bomba atômica e das aeronaves espaciais. Uma rápida olhada em construções antigas deixadas pelos portugueses no Brasil, e nas demais colônias além-mar, percebe-se que acima da porta principal de entrada daqueles imóveis há um orifício redondo, que muita gente pensa ainda hoje ter objetivo de deixar entrar o ar ou a luz solar. Não chega a ser de todo inverídico, mas a inspiração daquele orifício foi o Sol ou o Sol Central, referendado, segundo estudiosos da Biblia, como “a morada do pai”. Em outros livros de outras religiões e filosofias de vida, como o Budismo, o Sol Central é tido como aquele que ilumina noite e dia (…” não há noite e nem sombras”. O mesmo orifício é encontrado em construções antigas de outros povos, especialmente de judeus, em diversos países do Continente Europeu e parte da Ásia Central. Ao que parece, muito antes do desenvolvimento da ciência terrestre, aquele conhecimento antigo sobre os sois, visíveis e invisíveis, foi repassado de geração em geração entre os povos, sem conotação religiosa, mas, sim, de saúde vital, física, mental, espiritual. Ainda hoje, vertentes da ciência tem dificuldade de utilizar o conhecimento popular das civilizações milenares. Esse travamento teria se formado por influências políticas de religiões dominantes (Igrejas Católica e Protestantes) e, mais recentemente, pelos cartéis dos laboratórios farmacêuticos internacionais, liderados pela famosa e milionária família Rockfeller[2], dos EUA.
É natural, desde a época dos descobrimentos portugueses, que os países e organizações governamentais científicas guardem seus segredos e descobertas. Conheci acadêmico de uma universidade em Houston, Texas, onde há uma base da Nasa, que fez o seguinte comentário quando falávamos das grandes aeronaves estadunidenses que foram à Lua: A Nasa espera as condições atmosféricas favoráveis para deixar a nave sair da terra para a Lua. Há momentos precisos, onde a luz solar reflete, de certa forma, as “portas” que circundam o espaço da Terra para a saída e entrada de aeronaves espaciais. Há medidas (frequências e dimensões), que astronautas utilizam, para todo e qualquer movimento.
Por que o Sol Central é amplamente referenciado em todas as culturas do planeta? No legado milenar das civilizações, o Sol é o condutor de diferentes tipos de energia, cada qual com cores, funções e frequências específicas. A ciência ocidental reconhece que a luz solar é também fonte de vitamina D, assim como contribui para a regulação do humor, manejo do estresse, melhora do sono e redução da pressão arterial. É do conhecimento ancestral o fato de que qualquer pessoa que se exponha intencionalmente à luz solar, a qualquer hora do dia (e para os mais avançados, a qualquer hora da noite) pode puxar, pela respiração, o eletromagnetismo, a energia vital, do sol, para seu próprio corpo. Basta fechar os olhos, respirar e comandar que a energia vital se instale e promova a saúde física, mental, emocional e espiritual (sem religião)[3]. Em todos os continentes que já visitei, trabalhei, morei e observei que todos os santos, de todas as religiões e seitas, cristãs e não-cristão, são pintados e suas imagens reproduzidas em estátuas sempre com o desenho dourado do sol sobre suas cabeças, indicando a hierarquia solar deles.
A maneira mais simples de ver as sete cores básicas do sol é observar um pingo de água escorrendo por um dedo, contra a luz solar. O mesmo arco-íris aprece nos órgãos físicos humanos, em plantas e animais, dependendo apenas do anglo de visão. As mesmas sete cores podem ser detectadas, por causa de suas frequências eletromagnéticas, nos sete chácras e meridianos do corpo humano, exaustivamente estudados há mais de três mil anos por várias vertentes da medicina como a medicina chinesa, coreana, japonesa, tibetana, indiana, egípcia etc. Os chácras são centros energéticos cuja frequência pode ser medida. O uso de diapasões e instrumentos metálicos, como as tigelas tibetanas, cada um na frequência correta, pode equilibrar os chácras. Humanos e animais podem ter as suas áureas fotografadas por equipamentos fabricados e desenvolvidos por cientistas russos, há mais de 20 anos. Os aurímetro, que são ferramentas simples e disponível no mercado brasileiro, podem medir o tamanho e a força da energia vital de qualquer pessoa, animal, planta e lugares físicos. A literatura brasileira e de outros países registram experiências energéticas vividas fora do corpo físico e relatadas por clientes que passaram por procedimentos médicos com risco de morte. Nenhum desses conhecimentos tem a ver com religião, inclusive as práticas de Reiki e Yoga, ambas admitidas no âmbito das Práticas Integrativas de Saúde (PICS), pelo Governo Federal e pelo Sistema Único de Saúde – SUS. As PICS estão presentes em 54% dos municípios, distribuídos pelos 27 estados e Distrito Federal e todas as capitais brasileiras. São 29 procedimentos incluindo Reiki. Portaria SAS nº 1.988, de 20 de dezembro de 2018, Ministério da Saúde.
O Sol que percebemos todos os dias é um navegador como a internet, mas não é o único. Ou a internet foi desenhada com base nesse navegador? Quem consegue enxergar os e-mails vindo pelo ar? Existem[4] mais de 3.000 sistemas planetários, além do Sistema Solar[5], que é composto por oito planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno – cada planeta exerce influência na energia da terra, de acordo com sua proximidade do planeta terra. A energia da lua exerce influência sobre o comportamento dos mares e também sobre a energia dos líquidos físicos humanos e de animais. Cada um com suas frequências energéticas visíveis e invisíveis ao olho nu. Há outros planetas e sois fora do Sistema Solar que traz a vida para o planeta Terra. São os exoplanetas. Até 2019, a NASA já havia confirmado a existência de mais de 4.000 exoplanetas, em diferentes galáxias.
“Cientistas da Universidade Cornell e do Museu Americano de História Natural, ambos nos Estados Unidos, identificaram 2.034 sistemas estelares próximos a nós que podem já ter visto a Terra ou que ainda têm potencial de nos ver em um intervalo de 10 mil anos — desde cinco mil anos atrás até os próximos cinco mil a partir de agora. A pesquisa publicada na revista Nature registra as estrelas e os exoplanetas que entram e saem da Zona de Trânsito da Terra, de onde seria possível observar nosso pálido ponto azul por meio da sobreposição de astros. “Queríamos saber quais estrelas têm o ponto de vista certo para ver a Terra, enquanto ela bloqueia a luz do Sol”, explica Lisa Kaltenegger, professora de astronomia e diretora do Instituto Carl Sagan de Cornell. “E já que as estrelas se movem em nosso cosmos dinâmico, este ponto de vista é ganho e perdido”, esclarece, em comunicado. Ela e a astrofísica Jackie Faherty, do Museu Americano de História Natural, usaram dados do catálogo Gaia eDR3, da Agência Espacial Europeia (AEE), para determinar as posições estelares e o tempo em que ficam na Zona de Trânsito da Terra. “Gaia nos forneceu um mapa preciso da galáxia Via Láctea, permitindo-nos olhar para trás e para frente no tempo e ver onde as estrelas estavam localizadas e para onde estão indo”, afirma Faherty. Dos 2.034 sistemas estelares, que estão a no máximo 326 anos-luz de distância, 1.715 estão ou já passaram pela região em que podem nos ver e outros 319 sistemas ainda serão adicionados ao grupo nos próximos cinco mil anos. Sete deles abrigam exoplanetas, que já tiveram ou ainda terão a oportunidade de detectar a Terra, assim como os cientistas daqui tem feito há décadas em relação a outros planetas, através da técnica de trânsito.
“Do ponto de vista dos exoplanetas, nós somos os alienígenas”, diz a professora Kaltenegger. Dois dos exemplos trazidos pelo estudo são os sistemas Ross 128 e Trappist-1, com distância de 11 e 45 anos-luz da Terra, respectivamente. O primeiro hospeda um planeta com tamanho cerca de 1,8 vezes o nosso, que poderia ternos visto por pelo menos 2,1 mil anos — começando 3.057 anos atrás e tendo perdido seu ponto de vista há aproximadamente 900 anos. Já os planetas do sistema solar Trappist-1 ainda não conseguem nos enxergar. Com sete corpos celestes do tamanho da Terra, quatro deles estão localizados na zona temperada e habitável da estrela. Todos serão capazes de nos detectar, mas somente daqui a pouco mais de 1,6 mil anos, quando vão entrar na Zona de Trânsito da Terra — onde permanecerão por 2.371 anos”.
Desde a origem do cristianismo, a orientação é que o prédio das igrejas seja orientado para a direção Leste, onde o Sol nasce. Ao mesmo tempo, o altar das igrejas está na mesma posição. Por isso que os sacerdotes dicavam antigamente de costas para o público. Eram obrigados a rezar a missa de gente para o altar, virado para o Leste, o Oriente. Para os mulçumanos no Brasil, a direção das orações (de Meca) deve ser também o Leste. Os judeus tradicionalmente oram na direção de Jerusalém, o Leste, onde a “presença do Deus transcendente (Shekhinah ou Espírito Santo, reside. O Espírito Santo é considerado pelos judeus como o santo dos santos)”. As plantas, de um modo geral, seguem a direção da energia solar que vem do Leste.
Para os astrólogos orientais asiáticos, que se baseiam no sistema astrológico chamado Feng Shui, uma das escolas, a escola da forma, observa a relação das energias da natureza e as mudanças climáticas de cada estação que altera as paisagens, de acordo com a teoria dos cinco elementos: água, madeira, fogo, terra e metal. De acordo com esse sistema astrológico (na falta de outra palavra), a direção errada das nossas casas pode atrair a energia negativa dos elementos. Não posso revelar a fonte da informação a seguir: o atual excesso de chuvas e desastres naturais por que passa o Rio Grande do Sul estava destinado ao estado de Santa Catarina, que seria dividido em dois, com a invasão do mar e excesso de chuvas. Mas, houve uma alteração magnética da terra e aquele sistema meteorológico desceu para o Rio Grande do Sul. Não se sabe se será permanente ou temporário. Todo o planeta sofre por causa da mesma alteração. Por causa disso, houve a necessidade de mudar a posição das camas de dormir para que a cabeça de quem dorme fique na direção leste. A direção errada provoca desequilíbrios e doenças. Isto é, a energia vital necessária não é canalizada como deveria ser, pelo caminho do Sol: de Leste para o Oeste. Ao entardecer, os pássaros voam em direção ao Oeste para dormir.
No universo das árvores, flores, plantas e florestas há uma divisão nítida: as que seguem o sol, portanto solares, e as que seguem a luz, lunares. As solares estão programadas para a nutrição do fluido vital, solar. As lunares, se ocupam da energia do lado “escuro” da força. É à noite que os predadores que se alimentam de sangue saem para procurar o alimento. Plantas e ervas lunares são usadas pela “magia negra”. Jesus não pregava à noite. Toda a hierarquia de Jesus é solar; todos os santos católicos têm raiz solar. A grande maioria dos templos budistas não oferece serviços noturnos para o público externo. O desenho do Sol é encontrado em todos os templos (pirâmides, túneis, prédios comuns) das antigas religiões egípcias, assim como nos prédios do Vaticano e em templo de religiões orientais da Ásia inteira. O mesmo símbolo solar é encontrado em todos os países da antiga Rota da Seda, de forma que não era um costume religioso, era uma prática cultural dos povos relacionada com a saúde. 27/10/2024
[1] Gibson, Dan. “The Nabataeans, builders of Petra”, Ed. Can Books, Canadá, 2003.
[2] Seus esforços começaram em 1901, quando ele fundou a primeira instituição de pesquisa da América para medicina experimental: o Rockefeller Institute for Medical Research, ou RIMR. Em seguida, o General Education Board (GEB) de Rockefeller financiou reestruturações na educação médica sem apoio igual para garantir que as escolas médicas negras pudessem acompanhar os padrões em mudança. Para cada dólar que o GEB doou para escolas médicas negras entre 1902 e 1919, ele doou US$ 123 para escolas brancas. De acordo com a literatura, a família, que investiu também em poços de petróleo, dava ultimatos a pequenos institutos de medicina existentes nos 50 estados dos EUA no seguinte sentido: ou vocês se aliam ao nosso sistema de laboratórios e farmácias ou nenhum de seus alunos arranja emprego. Assim teria se formado o atual império farmacêutico nos EUA, que impediu que o país estabelecesse um sistema de saúde público como o INSS do Brasil e similar na Inglaterra. Não existem hospitais públicos nos EUA e o existente é considerado um dos mais caros do mundo.
[3] Dos Santos, José Joacir. Fundamentos da Terapia Reiki, pag. 11 a 48, Ed. All Print, São Paulo, 2015.
[4] Revista digital Galileu, em 27/10/2024. Artigo “Pesquisadoras identificam 2 mil sistemas solares que podem avistar a Terra”.
[5] O número de sistemas solares no universo observável é desconhecido, mas uma estimativa baixa é de 1 trilhão de trilhões. Essa estimativa é baseada na suposição de que cada um dos pequenos pontos visíveis com o Hubble tem cerca de meio trilhão de estrelas. Em 1990 a Discovery colocou o telescópio Hubble em órbita da Terra. Atualmente está abaixo da Terra, a 600 km da superfície. A NASA acredita que há 70% de probabilidade de o Hubble continuar a funcionar até 2035. Existe já outro telescópio em órbita chamado James Webb, posicionado em 24 de janeiro de 2022, considerado o mais avançado existente.