Por José Joacir dos Santos
Tomilho
O Brasil já deveria ter uma larga expediência sobre o poder das vacinas, mas tudo neste país precisa ser um parto, um desespero, com morte e tristeza para poder funcionar. De 1906 a 1912 o país sofreu com pandemias e já naquela época militares e políticos se aproveitam para manipular o assunto. Com a Covid, o drama tomou proporções monstruosas porque a manipulação agora vinha dos palácios e não dos golpistas como em 1906.
Só a estupidez poderia ter coragem de zombar de um vírus monstruoso que percorreu os quadro cantos do mundo numa velocidade surpreendente, deixando um rastro de mortes e problemas diversos. Mexeu com a estrutura funcional do planeta inteiro. Mesmo assim, o governo brasileiro se autoproclamou mais poderoso que o vírus. Tal proclamação resultou em quase 800.000 mortes em todo o país – uma das cifras mais elevadas do mundo.
Rezei muito para que cientistas descobrisse, com rapidez, a vacina e remédios para enfrentar o dragão invisível e feroz da Covid-19. Milhares de pessoas fizeram o mesmo, embora escondidas para não ter que enfrentar a fúria dos negacionistas. Enquanto isso, a população desesperada se arriscava nas ruas, fortalecendo o jogo dos incautos, com a ajuda, incompreensível, de religiosos famosos.
O isolamento não era um privilégio que todo mundo poderia gozar. A sobrevivência, a pobreza e a falta de planejamento familiar obrigou muitos indivíduos a arriscar suas vidas e muitos pereceram. Contaminar para imunizar provou não ser uma prática inteligente e eficaz. Ao contrário do que forças negacionistas pregaram, a imunidade de rebanho só ocorre mesmo com a vacinação coletiva.
As primeiras doses apareceram e as pessoas mais conscientes não pestanejaram. Com o tempo, a população, aquela que sempre tem que ser arrastada para entender qualquer coisa, começou a entrar na fila de vacinação e a exigir vacinas. As forças negacionistas perderam a máscara e agora a população começou a despertar para o jogo político da força contrária que favorecia a morte.
Cumpri todo o ritual. Usei máscara o tempo inteiro e me isolei. Depois da quarta dose da vacina anti-Covid me senti mais seguro e resolvi passar dez dias em Portugal, passando pela França, berço de negacionistas. A população de Portugal continuava a usar máscara em lugares fechados e transportes públicos, deixando que cada um tomasse conta de si. Fiz a mesma coisa, não larguei a máscara até entrar no meu quarto de hotel, onde abria a janela todo dia para o vento entrar.
Na volta de Portugal, mais uma vez pelo aeroporto de Paris, com máscara e tudo. Dois dias depois, testei positivo para uma das variantes da Covid. A população francesa, se achando liberal, é uma das mais indisciplinadas da Europa. O contato com multidões no aeroporto de Paris foi inevitável. Contrai Covid no aeroporto de Paris (Charles de Gaulle, um dos mais confusos e desconfortáveis da Europa)
Graças ao processo de vacinação, os sintomas do vírus foram leves: nos dois primeiros dias, dor-de-cabeça, febre e tosse, sendo a garganta o ponto visivelmente mais afetado. Já medicado, a partir do terceiro dia, a febre desapareceu. No quarto dia, a tosse passou a ser mais rara. No quinto dia ainda sinto cansaço, mas meu corpo já reage e a voz voltou ao normal.
É evidente que vou continuar a usar a máscara onde achar que devo e vou passar uns meses sem ver a cara de qualquer aeroporto. Outra coisa tenho certeza: nunca mais o aeroporto Charles de Gaulle vai ver minha cara.
Vale acrescentar que usei, sem parar, como coadjuvante ao medicamento alopático antiviral, o chá de orégano, o extrato líquido de Tomilho, pastilhas de laranja, suco de limão diário, suco de laranja natural, comidas quentes com caldos quentes, muito repouso (meio sentado na cama para respirar melhor), Vichy no peito e nas solas dos pés, banhos frios e quentes, café expresso. O mais incrível foi a autoaplicação de Reiki. Dava para perceber a luta da energia do vírus contra a energia universal do Reiki.
Os sonhos eram os mais confusos possíveis, sem parar. Mas a espiritualidade usava os sonhos para se comunicar comigo através do espírito. O mais importante foi manter o meu espírito elevado, otimista, aceitando o inevitável da contaminação, mas lutando com afinco contra ela, noite e dia. A vida é mais importante! Não baixar a cabeça jamais! O bem vence sempre.
Sim, temos que nos preparar ainda mais porque essa pandemia vai ficar indo e vindo em ciclos por alguns anos, graças aos indivíduos inconscientes, teimosos, cabeçudos, pouco inteligentes e negacionistas. Olhemos para eles de perto, vigiando, noite e dia.
Agradeço ao universo, mais uma vez, pelas vacinas maravilhosas, que me fizeram estar aqui, neste momento, escrevendo este artigo.