Por José Joacir dos Santos
A única maneira de não perder o equilíbrio com a convivência entre as pessoas é se isolar em uma montanha como faziam os monges tibetanos e ainda o fazem algumas ordens religiosas católicas. Qual o benefício do isolamento? Os monges tibetanos deixaram de fazer isso, há muito tempo, com exceções, porque perceberam que só se beneficia com o isolamento, parcialmente, a própria pessoa e isso não faz muito sentido já que o nosso compromisso é com a humanidade. Qual é o mais importante: rezar pela humanidade em casa ou sair pelas ruas querendo evangelizar as pessoas à força ou com chantagens em nome de Jesus? Será que os exércitos das cruzadas não foram suficientes?
Cada indivíduo tem responsabilidade sobre a humanidade inteira e sobre os coletivos cármicos. Quem nasce no Brasil, por exemplo, é co-responsável pela violência atual. Outro aspecto questionado pelos monges mais abertos é: o isolamento nesta vida atrasa todo o processo de evolução espiritual das vidas futuras. A conclusão é a de que o mundo necessita, hoje, com urgência, é de monges nas ruas – e o Papa Francisco concorda, mas a hierarquida da igreja tenta puxar para trás.
O processo evolutivo individual é de extrema importância mas perde a relevância quando não beneficia o coletivo humano, já que o Planeta necessita de todos para o fortalecimento dos pilares de luz que sustentam a Terra. Então, é necessário conviver com as pessoas para que o coletivo se ilumine e contribua para a ascenção do Planeta Terra. Cada pessoa que comete assassinato ou se suicida é uma trava que é erguida do progresso de toda a humanidade.
A atual violência cometida por extremistas religiosos, gangues, assaltantes, narcotraficantes, em atos que fogem ao conceito de humanidade, não beneficia nem a eles nem à religião que leva a culpa. Todos os seres espirituais atrelados a esse movimento estão sendo empurrados para a escuridão dos mundos inferiores, os quais a luz não tem acesso. Por isso, é urgente que todas as pessoas que trabalham com a luz renovem seus esforços diários nas orações e na prática da bondade, inclusive emitindo pensamentos otimistas e felizes.
Quanto mais a gente se trabalha emocionalmente mas tem o que ser trabalhado. Não existe o estado de aposentadoria porque a emoção está interligada com o estado espiritual e ambos atuam no corpo físico – o espírito também não se aposenta. Não me surpreende quando alguém diz que ¨quanto mais rezo mais assombração aparece¨. Não nos libramos fácilmente da interdepêndencia humana. O isolamento pode pior tudo.
Mesmo querendo, não conseguirmos nos isolar mentalmente. Há quem tenha dificuldade de entender como o pensamento negativo de alguém que cruzou nosso caminho em algum momento desta vida possa ficar enganchado no nosso corpo energético, atrapalhar o corpo emocional e acabar se psicossomatizando no corpo físico sem que a gente se dê conta que a pessoa existiu. Esses enganchamentos são tão sutis e impercebíveis que podem levar anos para se manifestar e serem notados. A pior momento dessas energías presas é quando se materializam na forma de doenças físicas e mentais.
Pense agora no lixo energético que se acumula em ambientes de trabalho onde o ego das pessoas é a chave de motivação das vidas delas ou em uma família desencontrada que vive brigando. E o que acontecerá com as relações afetivas que se desenlaçam da pior maneira, com agressões verbais e até físicas e que podem evoluir para mortes? Um simples desentendimento em uma loja, na rua, pode ficar conosco para sempre. E a contaminação dessas pessoas que participam de manifestações?
Jamais poderia imaginar que a energía de um assaltante pudesse ficar presa na vítima ou ainda a de alguém que lhe detesta sem que você sequer tenha conhecimento! Tudo isso faz com que as relações humanas sejam a parte mais difícil deste Planeta e que a gente tenha que lutar pela evolução espiritual paralelamente com a carga de emoção que colocamos em todas os nossos contatos diários com as pessoas. Somos atacados e contaminados energeticamente todos os días. Nesse assunto não existe anjos nem ninguém está imune.
É importante dedicar mais tempo à limpeza física-mental-espiritual para que o nosso corpo emocional esteja equilibrado e a lixeira o mais próximo possível do esvaziamento. Psicoterapias e terapias energéticas ajudam nisso, mas não podemos descartar o conhecimento e o trabalho dedicado de inúmeros xamãs, país-de-santo, rezadeiras, centros espíritas, monges e até sacerdotes, cada um calibrado no nível que o universo criou porque há energía que só se movem com intervenções físicas de quem sabe.
Há milhares de monges e regiosos de várias religiões e organizações que vivem parcialmente presos mas dedicam aquele tempo a rezar pela humanidade. Graças a essa gente, a energía da Terra pode respirar em intervalos de paz, mas é muito pouco ainda. Precisamos rezar, mais, cada um de nós, cada um à sua maneira, porque não podermos deixar esse assunto na responsabilidade daqueles grupos. Estamos na era da co-responsabilidade e isso significa que todos nós precisamos rezar mais e influenciar mais no pensamento positivo do coletivo humano. Não seria melhor dizer orar? Bobagem, isso é só questão se semántica, o importantante é a ação.
Está difícil, tem muitas guerras acontecendo, inclusive nas ruas do Brasil, e por isso mesmo não podemos ficar passivamente assistindo como se não fosse conosco. Rezemos mais, em nossas casas, nos ônibos coletivos, nos trens, nas paradas de ônibus, em todo lugar. O mal pode vencer se a gente se acovardar. Ser monge ou emissor da luz não requer uma roupa nem um lugar especiais. Apenas requer a vontade e a consciência de ser. Ao invés de você sair pelas ruas tentando evangelizar outras pessoas à força, ou com chantagens emocionais em nome de Deus, fique em casa e reze pela humanidade.